Toxicomania é um termo usado para designar o estado de dependência de drogas. Tóxico vem do grego toxicon, significando “veneno”; Mania pode significar loucura, excentricidade ou dependência. Portanto, segundo M. Ribeiro, toxicomania é um substantivo que designa uma relação que se estabelece entre um maníaco e um veneno.
Dessa forma, pode-se pensar erroneamente que a toxicomania está associada estritamente aos quadros de transtorno de conduta, de psicopatias e de perversões, sem considerar a possibilidade de a droga instalar-se em qualquer quadro clinico.
Uma campanha que está sendo veiculada pela segunda vez para alertar sobre os prejuízos provocados por uma droga potencialmente devastadora, nos colocou como espectadores de historias terríveis aonde o crack vem dilacerando pessoas e famílias inteiras. Com toda essa divulgação na mídia e com o descontrole crescente d¬o uso de substancias licitas e ilícitas, não tem como não pensar: o que se pode fazer para que uma simples experimentação de alguma substância não evolua para uma toxicomania?
Que recursos temos para prevenir que nossos filhos, alunos ou pacientes enveredem por esse caminho muitas vezes sem volta? Qual o motivo de tal descontrole social?
O consumo de tabaco por adolescentes escolarizados dobrou nos últimos quinze anos. O uso da maconha quadriplicou e o uso de cocaína multiplicou por dez em P. Alegre, segundo pesquisa realizada por Ramos, 2003. A gravidade dessa estatística fica potencializada pelo alto índice de comorbidade psiquiátrica relacionada ao uso de substancias psicoativas nessa fase da adolescência.
Além deste fato, o adolescente ao passar por esta fase, experimenta mudanças fisiológicas e psicológicas, transformações nas suas percepções em relação a si próprio e aos outros, e uma volta narcísica para o seu mundo interno, com questionamentos sobre os pais, as instituições e a sociedade. Portanto, um período de maior fragilidade egóica. Para maior desamparo do jovem, a vertente sócio-cultural atual facilita os comportamentos aditivos, aonde a cultura da imagem vem substituindo a cultura da escrita, trazendo consigo a necessidade de gratificação imediata e levando a um empobrecimento da capacidade simbólica.
Como se pode pensar em prevenção e proteção quando a Copa do Mundo tem como patrocinador oficial uma marca de cerveja? Ligando o fato de sermos campeões com o uso do álcool? São mensagens sem palavras, mas que marcam profundamente o imaginário de todos nós!
Veneza Schindler (psicóloga)
Dessa forma, pode-se pensar erroneamente que a toxicomania está associada estritamente aos quadros de transtorno de conduta, de psicopatias e de perversões, sem considerar a possibilidade de a droga instalar-se em qualquer quadro clinico.
Uma campanha que está sendo veiculada pela segunda vez para alertar sobre os prejuízos provocados por uma droga potencialmente devastadora, nos colocou como espectadores de historias terríveis aonde o crack vem dilacerando pessoas e famílias inteiras. Com toda essa divulgação na mídia e com o descontrole crescente d¬o uso de substancias licitas e ilícitas, não tem como não pensar: o que se pode fazer para que uma simples experimentação de alguma substância não evolua para uma toxicomania?
Que recursos temos para prevenir que nossos filhos, alunos ou pacientes enveredem por esse caminho muitas vezes sem volta? Qual o motivo de tal descontrole social?
O consumo de tabaco por adolescentes escolarizados dobrou nos últimos quinze anos. O uso da maconha quadriplicou e o uso de cocaína multiplicou por dez em P. Alegre, segundo pesquisa realizada por Ramos, 2003. A gravidade dessa estatística fica potencializada pelo alto índice de comorbidade psiquiátrica relacionada ao uso de substancias psicoativas nessa fase da adolescência.
Além deste fato, o adolescente ao passar por esta fase, experimenta mudanças fisiológicas e psicológicas, transformações nas suas percepções em relação a si próprio e aos outros, e uma volta narcísica para o seu mundo interno, com questionamentos sobre os pais, as instituições e a sociedade. Portanto, um período de maior fragilidade egóica. Para maior desamparo do jovem, a vertente sócio-cultural atual facilita os comportamentos aditivos, aonde a cultura da imagem vem substituindo a cultura da escrita, trazendo consigo a necessidade de gratificação imediata e levando a um empobrecimento da capacidade simbólica.
Como se pode pensar em prevenção e proteção quando a Copa do Mundo tem como patrocinador oficial uma marca de cerveja? Ligando o fato de sermos campeões com o uso do álcool? São mensagens sem palavras, mas que marcam profundamente o imaginário de todos nós!
Veneza Schindler (psicóloga)
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